A Verdadeira Vida em Deus
Amesma encíclica confirma a necessidade de Oriente e Ocidente reunirem-se, permitindo diferenças entre as duas comunhões enquanto em plena comunhão: “Nessa perspectiva, a Igreja Católica nada mais deseja senão a plena comunhão entre o Oriente e o Ocidente. Para isso, inspira-se na experiência do primeiro milênio. Nesse período, de fato, o desenvolvimento de diferentes experiências de vida eclesial não impedia que, mediante relações recíprocas, os cristãos pudessem continuar a saborear a certeza de estarem na sua própria casa em qualquer Igreja, porque de todas se elevava, numa admirável variedade de línguas e entoações, o louvor do único Pai, por Cristo, no Espírito Santo; todas se reuniam para celebrar a Eucaristia, coração e modelo da comunidade, não só pelo que diz respeito à espiritualidade ou à vida moral, mas também para a própria estrutura da Igreja, na variedade dos ministérios e dos serviços, sob a presidência do Bispo, sucessor dos Apóstolos. Os primeiros Concílios são um testemunho eloquente desta constante unidade na diversidade.” 1 Embora os escritos não falem de questões estruturais relacionadas ao Oriente e ao Ocidente, há neles muitas referências sobre a importância da Igreja do Oriente. Assim, a ênfase sem compromisso sobre a importância do papel de Pedro é equiparada, nas últimas mensagens, a uma percepção de que uma renovação espiritual poderia muito bem ser inspirada pela Igreja do Oriente. A partir daí, torna-se ainda mais evidente por que o Corpo de Cristo necessita respirar com ambos seus pulmões - que são as presenças oriental e ocidental da Igreja: Casa do Leste, percebestes pela Luz de Meu Espírito que um corpo precisa de seus dois pulmões para respirar livremente, e que Meu Corpo é imperfeito com um só pulmão; rezai para que Meu Espírito vivificador vos una, mas quanto tenho de sofrer antes! 2 (27.11.1996). Outra mensagem semelhante: “...reza para que a Casa do Oeste e a do Leste se unam, como duas mãos que se unem em oração; um par de mãos, semelhantes, e belas quando unidas, apontando para o céu em oração. Que essas duas Mãos, que pertencem ao mesmo corpo, trabalhem juntas e compartilhem mutuamente de sua capacidade e de seus recursos... que juntas, essas duas Mãos Me elevem...” (15.06.1995). Uma outra mensagem fala do papel do Oriente em reunir as duas casas novamente, unificando o Corpo de Cristo: Escuta e escreve: a glória brilhará da margem oriental; por isso digo à Casa do Oeste: volta teus olhos para o Leste. Não chores amargamente sobre a Apostasia e a destruição de tua Casa; não entres em pânico, pois amanhã comerás e beberás junto com Meu rebento da margem oriental; Meu Espírito vos unirá. Não ouviste que Leste e Oeste serão um só Reino? Não ouviste que Eu estabelecerei uma só data? 3 Eu estendererei Minha Mão e gravarei em um bastão as palavras: Margem Ocidental, Casa de Pedro e de todos aqueles que lhe são leais; depois, em outro bastão, gravarei: margem Oriental, Casa de Paulo, junto com todos aqueles que lhe são leais e quando os membros das duas Casas disserem: “Senhor, dizei-nos o que pretendeis agora?” Eu lhes direi: “Vou pegar o bastão no qual gravei o nome de Paulo junto com o daqueles que lhe são leais e colocarei o bastão de Pedro e daqueles que são lhe leais, como um só; Eu os unirei com Meu Novo Nome; esta será a ponte entre o Ocidente e o Oriente. Meu Santo 1 Carta Encíclica Ut Unum Sint do Santo Padre João Paulo II sobre o Empenho Ecumênico, 61, ref. à Carta Apostólica Orientale Lumen (2 de maio de 1995), 24: Observatório Romano , 2-3 de maio de 1995, 18: loc. Cit., 4. 2 Compreendi ao mesmo tempo o quanto teremos de sofrer antes. O “nós” designa o Papa João Paulo II com Jesus. 3 Compreendi que Cristo Se referia a todas Suas Mensagens sobre a unidade, convidando-nos, todos, a unificar as datas da Páscoa. Isso, por si só, parece acalmá-Lo e satisfazer Sua sede de unidade. Cristo nos prometeu que, se unificarmos as datas da Páscoa, Ele fará o resto. 1182
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