A Verdadeira Vida em Deus

Um ministro protestante uma vez me disse que não há razão para que Deus queira falar conosco agora que temos a Santa Bíblia. Confusa, eu disse a Cristo: “Senhor, há alguns ministros que se recusam ouvir ou acreditar que podeis manifestar assim, através de mim. Eles dizem que Vós, Jesus, trouxestes a verdade a todos nós, e que não precisam de nada mais além da Santa Bíblia. Em outras palavras, todas estas obras são falsas.” A resposta de Cristo foi a seguinte: “Eu disse a todos vós que o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em Meu Nome, vos ensinará todas as coisas e vos recordará tudo o que vos disse. Não vos dou nenhuma nova doutrina. Eu apenas vos recordo a verdade e reconduzo os que estavam extraviados à plena verdade. Eu, o Senhor, continuarei a vos mover com Recordações, e Meu Espírito Santo, o Paráclito, estará sempre no meio de vós como o “Recordador de Minha Palavra. Por isso não fiqueis surpreendidos quando Meu Espírito Santo vos fala. Essas recordações vos são dadas por Minha Graça, para vos converter e vos recordar de Minhas Vias.” (20.12.1988). Em uma outra passagem, há 11 anos, o Senhor me pediu para escrever o seguinte: “Todas essas Mensagens vêm do alto e são inspiradas por Mim. Elas podem, com proveito, ser usadas como ensinamento e para refutar o erro. Elas podem ser usadas para guiar a Igreja à unidade e guiar a vida das pessoas e ensiná-las a ser santas. Elas te são dadas para uma melhor explicação 1 da Revelação 2 que vos foi dada. Elas são uma fonte inesgotável de graças surpreendentes para todos vós a fim de vos renovar.” (30.07.1999). Acredito que existe apenas uma Revelação e jamais disse o contrário, nem o senhor encontra isso nos escritos. Não espero que os leitores de AVVD considerem mais as mensagens que as Sagradas Escrituras e estou certa de que nada nos livros de AVVD pode induzir aqueles que me ouvem ou leem a pensar de outra forma. De fato, em meu testemunho eu cito todo o tempo muitas passagens das Escrituras, algumas vezes até mais que as próprias mensagens. Nelas há uma clara e contínua insistência para concentrar-se na Santa Bíblia e viver-se por sua verdade. Os escritos são uma atualização e uma recordação da única Revelação em Cristo, contida na Escritura e na Tradição, transmitida através da Igreja; eles são apenas um apelo a esta Revelação. De fato, esses escritos nunca levaram os leitores a considerá-los acima das Escrituras, mas há testemunhos de que eles ajudaram a compreender melhor a Palavra de Deus. No entanto, sabemos que Deus pode nos recordar Sua bendita Palavra quando Ele sabe ser necessário para o benefício da Igreja. Favores desse tipo, pois são um favor, iluminam ou tornam manifesta uma verdade já conhecida, oferecendo uma melhor compreensão dela. Poderiam perguntar, então, por que Deus chamou alguém tão limitado e indigno, totalmente desinteressado e ignorante em assuntos da Igreja, que nunca ansiou por Deus, a receber uma recordação de Sua Palavra? Não são os padres e os teólogos chamados a fazer o mesmo? Sim, creio que eles são, e eu, de modo algum, pretendo competir com os padres e os teólogos que Deus chamou a desempenhar sua missão; sim, no entanto acredito que Deus me chamou inesperadamente por um ato direto de Sua parte. Recentemente tomei conhecimento de que o Concílio Vaticano II salientou como é importante que o leigo contribua na propagação da Boa Nova através dos vários dons que Deus concede à Sua Igreja. Na Lumen Gentium , o Concílio afirma claramente que o leigo participa da missão profética de Cristo e que Cristo “cumpre o Seu múnus profético até a plena manifestação da glória, não apenas por meio da hierarquia, que ensina em seu nome e com o seu poder, mas também por meio dos leigos, aos quais estabelece suas testemunhas e aos quais dá o sentido da fé (sensus fidei) e a graça da palavra...” (LG 35). Por isso, todo leigo tem um papel a desempenhar nesse serviço do Evangelho, segundo o carisma que Deus lhe deu e, por meio de seus dons cada um é, ao mesmo tempo, testemunha e instrumento vivo da missão da própria Igreja, conforme a medida da doação de Cristo. Na maior parte das obras clássicas da teologia fundamental católica há uma distinção entre a Revelação como conceito de reflexão (Revelação com R maiúsculo) e revelação como conceito de experiência 1 Ouvi ao mesmo tempo a palavra compreensão. 2 A Santa Bíblia. 1176

RkJQdWJsaXNoZXIy MTQ2Mzg=